Perspectivas para o setor mineral e o consumo de válvulas

Perspectivas para o setor mineral e o consumo de válvulas

Dados da Secretaria de Mineração e Transformação Mineral (SGM), assim como o Ministério de Minas e Energia (MME), constataram que a balança comercial do setor mineral foi superavitária em 2018 graças às exportações de minério de ferro, com o patamar de US$ 23,4 bilhões. Em 2017 foi de US$ 16,2 bilhões. Sendo assim, caminha sempre em ascensão.

Trago esses números para, além de contextualizar, comprovar como esse setor é, historicamente, grande protagonista na indústria brasileira.

A Mineração gera negócios e empregos em várias cadeias produtivas e o mercado de conexões está intimamente ligado a esse aspecto, tendo os componentes como peças imprescindíveis em controle, gestão e retenção nos processos.

Mas, infelizmente, o início de um ano com perspectivas econômicas positivas foi marcado pela grande tragédia, em janeiro, ocasionada pelo desabamento da barragem de resíduos de Brumadinho, Minas Gerais, que contabilizou 233 mortes identificadas e muitas discussões sobre o assunto.

Da crise a oportunidade

Especialistas afirmam que há um movimento global, atual e inédito, de cooperação voltado ao fomento de mudanças na indústria da mineração para os próximos anos.

Esse cenário foi confirmado no discurso do presidente do Conselho Diretor do IBRAM, Wilson Brumer, durante o “Seminário Técnico Internacional sobre Barragens de Rejeitos e o Futuro da Mineração em Minas Gerais, realizado em 17 de abril, em Nova Lima (MG).

Nesse aspecto, creio que melhorar a comunicação com a população, além de mostrar um posicionamento responsável das empresas e mineradoras, no sentido de conscientização e ações efetivas, ajudará a reverter essa atmosfera de insegurança, que reflete na economia.

Reverter uma possível reação negativa significa adequar crescimento econômico, tecnologia e segurança. E já existe um movimento internacional nesse sentido.

O Conselho Internacional de Mineração e Metais, sigla em inglês ICMM, fundado em 2001, com o intuito de melhorar o desempenho do desenvolvimento sustentável na indústria mundial de mineração e metais, convidou o professor Bruno Oberle para ser o responsável pela análise e revisão independente das futuras normas globais de instalações de armazenamento de rejeitos de minas. Oberle trabalhará em um grupo parceiro junto ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e Princípios para o Investimento Responsável (PRI).

Como parte da responsabilidade que nos cabe nesse cenário, como fornecedora de equipamentos hidráulicos para o segmento, a Casa das Válvulas acredita em um crescimento considerável nas vendas de conexões em 2019 e nos próximos anos. Esse otimismo está alicerçado em alguns projetos que estavam parados há anos, devido à instabilidade da nossa economia, mas com previsão de serem desengavetados, com empresários revendo seus orçamentos.

E, embora tenhamos essa cicatriz de Brumadinho, existe a oportunidade de reverter essa situação, com consciência e responsabilidade, alinhando soluções tecnológicas nessa missão.

Nós, enquanto empresa que oferta produtos ao segmento, mantemos nosso papel de prover confiabilidade aos processos das barragens de resíduos por meio de nossos produtos.

Como exemplo, recentemente a Casa das Válvulas forneceu válvulas dos melhores fabricantes mundiais para o processo de filtragem de rejeitos de minério. Eles agem para que não se tenha os perigosos rejeitos líquidos na mineração e por consequência as barragens.

Essas válvulas, especificamente as de modelo guilhotina, fazem parte de um conjunto de sistemas que envolve filtros de secagem e possibilita uma gestão mais segura e facilidade na destinação final dos rejeitos sólidos.

Sendo assim, nossa visão é que as mineradoras invistam mais em tecnologias de valor agregado, paralelamente a um trabalho de esclarecimento quanto à possibilidade real de prevenção de desastre, junto à população.

A Exposibram, importante evento de mineração da América Latina, que acontecerá de 9 a 12 de setembro de 2019, em Belo Horizonte-MG, discutirá a fundo esses tipos de soluções, com presença das principais mineradoras com atuação global, assim como as grandes marcas, fornecedoras de produtos e serviços, que estarão expondo as principais tendências em tecnologia, equipamentos, componentes, softwares e outros produtos ligados à indústria mineral.

Nós, da Casa das Válvulas, estaremos lá mais um ano, focados não apenas na comercialização, responsável pelo importante reaquecimento do mercado, mas inseridos no contexto socioeconômico global, fomentando a tecnologia como aliada para o alcance da segurança e crescimento do país.

Desejamos e trabalhamos nesse conjunto para que a Mineração continue a movimentar a cadeia produtiva com mais vagas de trabalho e atingir uma expansão financeira regional, de maneira sustentável, consciente e segura.

Artigo assinado: João Mauro, sócio e diretor de operações da Casa das Válvulas.

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