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Segmento da indústria reconhecido por contribuir para a expansão econômica do país, a indústria mineral passa por uma fase de questionamentos. Como repensar seu papel, buscando alternativas para enfrentar novos desafios e oportunidades no mercado?
A atividade mineradora é, basicamente, a extração de riquezas do solo. E o Brasil possui extensão territorial e fertilidade suficientes nesse aspecto.
Mas, com um mundo mais automatizado, mais acesso a informações e consciência da importância de alternativas sustentáveis, essa indústria encontra-se em xeque sobre seu papel num futuro bem próximo. Nosso artigo analisará os principais desafios, partindo dessa premissa.
Em agosto de 2018, aconteceu o painel “Desafios da Indústria Mineral Brasileira”, promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM, em parceria com a Fundação Fernando Henrique Cardoso – FHC, em São Paulo, que discutiu o planejamento de políticas públicas no setor, voltadas ao aumento da competitividade internacional no cenário brasileiro.
Conforme dados do Fraser Institute, do Canadá, publicados pelo portal oficial do IBRAM, o Índice de Atratividade de Investimentos em Mineração aponta o Brasil na 61ª posição em atratividade, atrás de Peru, Chile e México.
Durante o evento, o presidente do IBRAM, Walter Alvarenga, disse em bom tom para grandes empresas mineradoras, Governo e entidades do setor presentes que a carga tributária elevada, a lentidão do licenciamento ambiental, a falta de infraestrutura e insegurança jurídica são os principais desafios do setor que precisam de resolução e barram a competitividade.
E, por falar em licenciamento ambiental, a grande reinvindicação da sociedade é que a indústria de mineração cause menos impactos diretos à atmosfera e aos solos e tenha mais segurança quanto à vida humana (mão de obra).
Segundo Cinthia Rodrigues, gerente de pesquisa e desenvolvimento do IBRAM, as mineradoras precisam se engajar no reconhecimento social. “A licença social, por assim dizer, é um consentimento invisível, mas necessário, para operar. Ela depende da percepção da comunidade”, enfatizou.
É preciso divulgar os benefícios da atividade da indústria mineral para a comunidade local, como: aumento de renda, diversificação econômica, ampliação e qualidade no nível de emprego. Tudo isso faz parte desse acordo de conscientização.
A sustentabilidade é justamente isso: criar um ciclo virtuoso entre mineradora, trabalho, transparência e renda, com extração mineral consciente e dentro das regras ambientais.
“Historicamente temos quase 300 anos de exploração mineral indevida, infelizmente, com trabalho escravo envolvido. Isso não podemos apagar. Porém, hoje temos a possibilidade de reverter o quadro e olhar para um futuro com mais responsabilidade”, ressalta Cinthia. Ela se refere à sinceridade do projeto, medição de risco, ao enquadramento nas regras ambientais, além de baixo risco humano.
Exemplo que a união de indústria de mineral e comunidade local dá certo é o projeto “Territórios Sustentáveis”, conduzido pela Mineração Rio do Norte, um modelo de cooperação. Essa iniciativa potencializa atividades extrativistas da comunidade, além de tornar sustentável o ciclo da mineração.
Nesse viés, a responsabilidade social se torna um valor agregado, chamariz inclusive para o olhar de investidores externos.
“Se olharmos para frente, teremos um mundo com baixa emissão de carbono. Sendo assim, o aumento da demanda de novos minerais, seja para satélites com base em energia eólica, gases hospitalares ou mesmo para carros elétricos, o mundo será cada vez mais dependente de minérios”, justifica Cinthia.
Levando em conta que temos 18% apenas do conhecimento geológico na escala adequada para projetos de mineração no país e que essa é uma atividade de longo prazo, o desafio se torna oportunidade.
Ainda sobre carros elétricos, João Fernando Gomes de Oliveira, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Políticas Públicas-Embrapii, lembra que a demanda por bens minerais para atender à indústria automotiva é um obstáculo, já que alguns materiais estão se exaurindo na natureza.
O mundo atual não tem cobalto, titânio, lítio, entre outros minerais, em quantidade suficiente para abastecer as demandas atuais: carros elétricos, equipamentos, tecnologias etc.
Logo, a necessidade de menos carga tributária e agilidade no licenciamento ambiental, incentivos que impulsionam a exploração de mais minérios em território brasileiro, trariam a resolução, como disse Alvarenga, no início deste texto.
No contexto de válvulas, componentes essenciais para a indústria de mineração, a necessidade de renovação e atualização é constante.
A escolha por materiais duráveis, específicos para ambientes abrasivos, é imprescindível. A Casa das Válvulas acompanha essa evolução do segmento e busca a solução ideal que atenda às mais altas especificações do mercado.
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