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A válvula borboleta é da família de válvulas de movimento rotacional de um quarto de volta, usadas em tubulações para interromper o fluxo.
Costuma-se dizer que as válvulas borboleta podem ser usadas para regular o fluxo. No entanto, não recomendamos fazer isso, pois pode danificar o disco da válvula e ter um efeito negativo nas propriedades de vedação.
Elas são usadas em uma ampla variedade de fluidos de processo e indústrias, especialmente no abastecimento, coleta e distribuição de água, bem como em estações de bombeamento, e possuem uma ampla gama de aplicações, especialmente no isolamento de fluxo.
Algumas de suas principais vantagens em relação a outras válvulas está em sua construção simples e compacidade. Isso resulta em produtos finais com pesos mais leves e custo mais baixo, com áreas de instalação menores e velocidades de atuação mais rápidas.
Abaixo estão os principais componentes da válvula borboleta:
O corpo da válvula se encaixa entre os flanges do tubo – os tipos de conexão de extremidade mais comuns são os tipos flangeado, duplo e wafer.
A vedação na face da sede é assegurada por um anel de vedação resiliente em perfil T contínuo que é mantido ao redor do disco por um anel de retenção, evitando que o anel de vedação role para fora.
Na posição fechada, o anel de vedação é pressionado contra a face da sede, proporcionando uma vedação firme nas extremidades a montante e a jusante. Na posição aberta, o anel de vedação é completamente livre de tensão devido ao design do disco excêntrico duplo.
Ao eliminar a interação entre o fluido e a haste/eixo, o sistema de vedação do eixo com vários O-rings garante uma vedação sem manutenção durante toda a vida útil da válvula. Além disso, existem componentes menores e mais comuns, como buchas, mancais e fixadores, que também fazem parte da maioria das construções de válvulas.
As válvulas borboleta são versáteis e se apresentam em diferentes tipos, cada um adequado a uma aplicação específica. Conhecer esses modelos é essencial para fazer a escolha correta. Abaixo estão os principais tipos disponíveis no mercado:
É o tipo mais comum e compacto. Fica posicionada entre flanges e é fixada com parafusos que passam por todo o conjunto. Indicada para aplicações em que o espaço é reduzido e o custo precisa ser otimizado.
Possui roscas nas orelhas de fixação (lugs), permitindo que a válvula seja instalada entre flanges com parafusos individuais. É recomendada quando há necessidade de desmontar uma das extremidades do sistema sem comprometer o restante da tubulação.
Esse modelo já possui flanges incorporadas no corpo da válvula, proporcionando maior robustez e vedação. É usada em aplicações que exigem alta resistência mecânica ou pressão.
Conta com um anel de vedação em elastômero (como EPDM ou NBR), oferecendo excelente vedação em baixa e média pressão. Muito utilizada em sistemas de água e líquidos neutros.
Ideal para aplicações com alta temperatura, produtos corrosivos ou abrasivos. A vedação metálica permite uso em condições mais agressivas, como vapor ou gases industriais.
Pode ser equipada com atuadores pneumáticos, elétricos ou hidráulicos, que automatizam o processo de abertura e fechamento. Essencial para sistemas remotos ou com operação frequente.
A construção de uma válvula borboleta é relativamente simples, com a rotação do disco da válvula controlando o fluxo do fluido. Na posição fechada, o disco bloqueia o orifício da válvula enquanto na posição aberta, o disco é orientado perpendicularmente à direção do fluxo para permitir o fluxo.
As válvulas borboleta geralmente fornecem fluxo bidirecional e boa capacidade de fechamento. O material do corpo é de ferro dúctil com revestimento em pó epóxi nas superfícies interna e externa.
Estas válvulas são normalmente operadas por volantes, engrenagens ou atuadores, ou uma combinação deles, de acordo com o requisito específico da aplicação e especificações técnicas. Discutiremos os métodos de atuação mais adiante neste artigo.
A escolha correta da válvula borboleta garante segurança, eficiência e durabilidade no processo industrial. Para tomar a melhor decisão, leve em conta os seguintes critérios técnicos:
Verifique se o fluido transportado é líquido, gás, vapor, corrosivo ou abrasivo. Fluídos agressivos exigem materiais especiais no corpo e na vedação da válvula.
Cada tipo de válvula possui limites de pressão (PN) e temperatura. Esses dados determinam se você deve optar por sede metálica, sede resiliente, ou modelos de alta performance.
O diâmetro nominal (DN) define o porte da válvula. Válvulas borboleta são recomendadas principalmente para grandes diâmetros, pois oferecem economia e praticidade na instalação.
Sistemas com abertura e fechamento frequentes podem demandar válvulas com melhor vedação, maior durabilidade e, preferencialmente, acionamento automatizado.
Escolha entre operação manual (alavanca ou redutor) ou automática (atuadores elétricos, pneumáticos ou hidráulicos), de acordo com a aplicação e o nível de controle desejado.
Verifique se a válvula segue normas como API, DIN ou ABNT. Também é importante garantir que seja compatível com as flanges, conexões e demais equipamentos do sistema.
Existem várias maneiras de operar ou acionar uma válvula borboleta – manual, semimanual ou totalmente automática.
Devido aos requisitos de torque inerentemente mais baixos, dimensionar e instalar atuadores são menos dispendiosos para válvulas borboleta em comparação com outras, como válvulas gaveta.
Dependendo da aplicação, as válvulas borboleta podem oferecer vantagens significativas sobre outros tipos de válvulas, especialmente para dimensões acima de DN 200 (200 mm):
Como vimos até aqui, as válvulas borboletas possuem grande importância na indústria. Além disso, elas são muito úteis em diversos setores e possuem grande benefício nas instalações por serem leves e mais baratas que outros modelos.
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