Juntas de papelão hidráulico: como escolher o melhor modelo para sua montagem

Juntas de papelão hidráulico: como escolher o melhor modelo para sua montagem

Peça importante para maquinários de diversos tipos, as juntas de vedação conferem segurança em muitos procedimentos. Mesmo escondidas aos nossos olhos, essas peças desempenham um grande papel em nossas vidas, desde eletrodomésticos, motores, indústria em geral e muito mais. Sua função é evitar ao máximo os possíveis vazamentos de uma máquina, o que pode ocasionar de pequenos prejuízos até grandes desastres. Por isso, hoje vamos tratar da junta de papelão hidráulico.

Fabricado sem amianto ou NON ASBESTOS, esse tipo de junta é utilizado em todos os segmentos da indústria, em vedações de flanges em tubulação ou equipamentos como válvulas, bombas etc.

Sua base é composta de diferentes fibras com cargas reforçadas e outros materiais estáveis a altas temperaturas, ligados com elastômeros, por meio de processo diferenciado de mistura e calandragem. Portanto, sua característica específica se dá conforme fibra e elastômero.

No que se refere aos tipos de papelão existentes nessa composição, o mercado apresenta soluções com fibra aramida e hypalon; fibra aramida e NBR; fibra Carbono/grafite NBR; fibra celulose e NBR; fibra inorgânica e NBR.

Suas dimensões são baseadas nas normas de construção dos FLANGES como ANSI B 16.5, B 16.21, DIN, JIS, AWWA, dentre outras, com os modelos: RF – Juntas para Flange de Face com ressalto e FP – Juntas para Flange de Face plana.

Mas, entre essas opções, como escolher o melhor modelo de junta de papelão hidráulico, considerando temperatura, pressão de trabalho e confiabilidade química?

Por serem importantes a uma ampla variedade de produtos e máquinas, a seleção da correta junta para uma aplicação específica é fundamental no projeto geral, alinhada à operação adequada. Aqui, elencamos algumas dicas para dar luz às suas escolhas.

1. Primeiro, conheça as configurações de juntas de flange e suas aplicações.

A maioria das falhas de vedação ocorre quando não há correção:

  • das pressões irregulares nas superfícies de contato;
  • do relaxamento causado pela tensão e a perda de torque nos parafusos de fixação;
  • da variação de temperatura.

Portanto, antes de consultar um especialista para escolher a junta adequada, você precisa conhecer todos os detalhes sobre o futuro ambiente da junta. Isso inclui temperatura, pressão do fluido e as propriedades corrosivas do fluido contido. Depois de ter essas informações, você pode passar para a fase de selecionar o material e a forma adequada.

2. Foco na seleção do material

Depois de determinar o ambiente geral de onde a junta funcionará, a seleção de material é a próxima etapa. Listamos abaixo os quatro principais materiais utilizados na fabricação de juntas e seus benefícios gerais:

Elastômero

  • Incompressível, extensível, impermeável e elástico;
  • Pode ser deformado, mas nunca reduzido em volume;
  • Feito de vários materiais, incluindo CP, EP, IIR, neoprene ou borracha natural.

Fibroso

  • Vários tipos diferentes, mas todos com propriedades únicas: Fibra de Carbono, MMMF, Vidro, Mica, Cortiça, PTFE (Teflon).

Macio ou não metálico

  • Essas juntas são facilmente comprimidas sob uma baixa carga dos parafusos;
  • Usado em flanges de tubos, trocadores de calor e válvulas de compressor.

Metálico

  • Feito de um único metal ou combinação de materiais metálicos em vários formatos e tamanhos;
  • Ótimo para aplicações de alta temperatura e pressão.

3. Avaliação da resistência química

Antes de escolher os materiais, é essencial entender o nível de resistência química que sua junta exigirá. As propriedades corrosivas do fluido contido desempenham um grande papel na sua escolha. Por exemplo, Borracha Nitrílica NBR é bastante resistente ao óleo, mas insatisfatória para uso com fluidos oxidantes. Por sua vez, o PTFE é perfeito para todos os meios na faixa de pH 0-14, mas não consegue lidar com metais alcalinos fundidos e flúor elementar. Exemplos para mostrar que essa avaliação é, sim, essencial.

4. Fatores de construção (não metálicos, metálicos e semimetálicos)

As juntas metálicas trazem grande força. As não metálicas (macias) são mais fáceis de moldar para as suas necessidades.

Já as semimetálicas são juntas compostas que consistem em materiais metálicos e não metálicos. Ao combinar os dois, você obtém a resistência e resiliência do metal e as propriedades de vedação de uma vedação não metálica.

5. Conversando com um engenheiro de design de juntas

Eis uma dica das mais importantes deste artigo: você precisa da assessoria e do acompanhamento de um engenheiro treinado em cada etapa ao longo do projeto. Com essas informações específicas, o engenheiro parceiro vai projetar corretamente a melhor vedação para sua aplicação, conforme sua necessidade.

6. Teste para o desempenho da junta

O teste de desempenho da junta é fundamental para garantir que uma junta específica atenda a todos os parâmetros necessários para sua aplicação. Ao usar testes como compressão a quente, relaxamento gradual, e entre outros, ficará claro que uma junta selecionada resistirá aos fatores específicos do projeto, como temperatura, compressão, pressão, vedação e resistência à degradação química.

7. Escolher o fabricante da junta correta

Após analisar tantos itens, pode ter ficado uma impressão de trabalho grande pela frente, mas, com essa última dica, parte dessa preocupação será amenizada. O fabricante de junta que você seleciona não deve vender apenas uma junta e ir embora.

A Casa das Válvulas tem grande orgulho em combinar a junta correta com o projeto certo. Nossa equipe treinada está sempre pronta para ajudá-lo em sua seleção e fornecer dados técnicos para que você tenha a garantia de tomar a decisão certa.

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Agora, mãos à obra!

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