Mulheres na Indústria e sua presença na Quarta Revolução Industrial

Mulheres na Indústria e sua presença na Quarta Revolução Industrial

A cada dia vemos mais mulheres na indústria, que vêm conquistando espaço em diversos segmentos, e representam mais de 32% da força de trabalho no segmento. O maior destaque está no ramo de confecções e artigos do vestuário.

Mas claro que isso ainda não é o bastante. O desenvolvimento tecnológico, socioeconômico, geopolítico, demográfico e as interações entre eles gerarão novas categorias de empregos e ocupações, ao mesmo tempo que deslocam parcial ou totalmente outras. Além disso, à medida que indústrias inteiras se ajustam e novas nascem, muitas ocupações atuais passarão por uma transformação fundamental.

Entretanto, à medida que a Quarta Revolução Industrial se instala em diferentes indústrias e grupos de empregos, ela afetará trabalhadores femininos e masculinos de maneiras distintas. Por isso, conforme indústrias se preparam para se adaptar às mudanças disruptivas, combater as diferenças de gênero também pode abrir novas oportunidades de crescimento.

As mulheres e o trabalho na quarta revolução industrial

Com o avanço da Quarta Revolução Industrial, isso afetará os trabalhadores femininos e masculinos e a dinâmica da disparidade de gênero na indústria de várias maneiras. Por sua própria natureza, muitos dos atuais impulsionadores de mudança esperados têm o potencial de permitir a redução das diferenças de gênero, dando mais visibilidade às mulheres na indústria.

Mulheres na Indústria e sua presença na Quarta Revolução Industrial

Um ponto importante começa com uma possível automatização do trabalho doméstico, além da maior distribuição das tarefas, aliviando parte da atual carga dupla que as mulheres enfrentam e permitindo que elas coloquem suas habilidades em uso na economia formal.

É preciso repensar o trabalho, adotando uma abordagem holística do planejamento da força de trabalho. Além disso, podemos aproveitar o surgimento de novos padrões de trabalho flexíveis e outras tendências semelhantes, de modo que resulte em ambientes de trabalho mais equilibrados em termos de gênero.

No entanto, à medida que mudanças disruptivas chegam aos modelos de negócios, empregos são deslocados e um novo mercado de trabalho se materializa. Mas há também o risco de que novas tendências possam sustentar ou agravar outras desigualdades de gênero existentes.

Abordagens para acabar com a diferença de gênero

Mulheres na Indústria e sua presença na Quarta Revolução Industrial

Para aproveitar os benefícios da diversidade de gênero, as empresas precisam adotar uma abordagem abrangente, começando pelo topo. A gestão ativa de talentos, em vez do comprometimento passivo, mostrou levar a melhores retornos.

No geral, 53% dos respondentes do Relatório Futuro dos Empregos consideram a promoção da participação feminina como um item prioritário na agenda da liderança em sua organização e 58% estão confiantes sobre a eficácia das medidas atuais empreendidas nesse sentido.

É importante enfatizar que as intervenções para promover a paridade de gênero, abrindo espaço para mulheres na indústria, não funcionam como uma lista de verificação de ações que produzirão resultados de forma independente. Elas devem ser acompanhadas por um conjunto de prioridades e compromissos de longo prazo, e por uma profunda compreensão do contexto corporativo, industrial e cultural, bem como da cultura organizacional e do ambiente político local.

Embora algumas das transformações necessárias nas práticas corporativas impliquem adaptação no curto prazo por parte das empresas, no longo prazo, a subsequente expansão das oportunidades para as mulheres na indústria tem o potencial de transformar as economias, sociedades e demografia dos países como um todo.

Mulheres na Indústria e sua presença na Quarta Revolução Industrial

O papel das mulheres na Indústria

Ainda há muito trabalho a fazer para tornar os espaços fabris mais igualitários. As mulheres continuam ocupando poucos cargos de liderança e gestão no Brasil, sendo que muitas das linhas produtivas exigem qualidades femininas, atenção e cuidados.

As desigualdades salariais também ainda são muito comuns, sendo que em 2018, independentemente da escolaridade, as mulheres ganhavam quase 14,80% a menos do que os homens exercendo a mesma função. Em cargos de nível superior, a remuneração correspondia a 64,13% do salário dos homens.

Para as indústrias, a maior diversidade de gênero traz uma grande vantagem competitiva que abre portas para novos talentos, estimulando a economia e o crescimento de empresas. E elas têm mais a ganhar com essa pluralidade: foi comprovado que funcionários de gêneros diferentes podem gerar 21% a mais de lucro para um negócio.

E com as mulheres na indústria, se pode alcançar ainda mais: líderes femininas nas empresas têm resultados até 20% melhores que os homens, segundo a ONU.

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